Carolina Militao A Instituição Fiscal Independente (IFI) lançou o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de fevereiro, revisando a projeção de crescimento econômico do Brasil para 2024. Agora, espera-se um aumento de 1,6% no Produto Interno Bruto (PIB), impulsionado pelo pagamento extra de precatórios e uma perspectiva favorável na economia global. Apesar disso, a estimativa da IFI fica abaixo de outras previsões, como a do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central do Brasil.
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
A IFI prevê um déficit primário de 0,9% do PIB, descumprindo a meta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO 2024) de déficit zero. A dívida bruta, por sua vez, pode atingir 77,7% do PIB até o final de 2024, o que pode dificultar sua estabilização no curto prazo. A instituição também projeta uma receita de R$ 130,4 bilhões proveniente de novas fontes previstas em leis aprovadas no ano passado, um valor inferior ao esperado pelo Executivo federal.
O RAF destaca incertezas relacionadas às fragilidades fiscais, endividamento das famílias e conflitos internacionais. No entanto, ressalta a possibilidade de ampliação dos investimentos com a queda da taxa básica de juros e a confiança na política econômica. Produzido mensalmente pela IFI, o relatório fornece avaliações sobre a macroeconomia, receitas e despesas públicas, além de atualizações das projeções macrofiscais da instituição.
