Nesta quarta-feira (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o diálogo sobre a tributação dos super-ricos e a eventual tributação ocorram no âmbito internacional. De acordo com o chefe da pasta, um tributo justo sobre os super-ricos apenas na esfera doméstica não alcançaria os objetivos desejados pelos países.
O Brasil recebeu o apoio da França para realizar uma proposta internacional sobre a temática. A corroboração ocorreu em coletiva de imprensa realizada em Washington D.C., nos Estados Unidos, com o ministro de Economia e Finanças da França, Bruno Le-Maire.
Na ocasião, Haddad ressaltou que para tornar a política efetiva, os países precisam avançar em uma troca de dados para guiar e dar segurança à proposta. Os ministros também explicaram a necessidade de um calendário apertado, a fim de mostrar o comprometimento dos países com a taxação. A orientação francesa é de que a tributação internacional seja finalizada e implementada até 2027.
Para Haddad a legislação internacional precisaria de um suporte técnico da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Já o ministro frânces disse um debate internacional é um bom ponto de partida. De acordo com Le-Maire, o tema era tratado com ceticismo a nível nacional. Mas declarou que a França conseguiu taxar de forma justa os “big giants” digitais, como Google, Amazon, Facebook e Microsoft. Além disso, a legislação francesa vigora por mais de dois anos.
Faturamento bilionário dos super-ricos
Haddad afirmou que a administração de Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, reconheceu que algo deve ser feito para distribuição de renda. Nesse sentido, tendo em vista o faturamento bilionário dos super-ricos. No entanto, o chefe da pasta disse que não há uma definição por parte dos norte-americanos se a solução do país será no âmbito doméstico ou internacional.