Um grupo de caminhoneiros representados pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) prepara uma greve para o primeiro dia de fevereiro. O movimento, porém, divide a categoria e os sindicatos locais dizem que não vão aderir à paralisação.
A greve foi aprovada no final do ano passado, em reunião do CNTRC. Na pauta de reivindicações divulgada na época está o piso mínimo de frete do transportador autônomo rodoviário de cargas e um marco regulatório do transporte de cargas. Agora, se soma à lista o aumento no preço do combustível e um possível aumento do ICMS em São Paulo.
Apesar da mobilização ter sido convocada ainda no ano passado, sindicatos de caminhoneiros consultados pela Arko Advice avaliam que o movimento não terá adesão. Eles receiam ser responsabilizados na Justiça por uma paralisação em plena pandemia.
“Não é o momento para qualquer paralisação, já que ainda está vigente o decreto presidencial que torna o transporte de cargas um serviço essencial. Qualquer paralisação do transporte nesse momento pode se tornar um crime para quem promoveu e para aderiu à greve. Entendemos também que a greve tem cunho político e não de benefício à categoria”, argumenta Everaldo Bastos, Presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Vale do Paraíba (SP).