Iago Nava Dez capitais registraram um aumento no custo médio da cesta básica em junho, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta quinta-feira (4) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse). A pesquisa, realizada em 17 capitais, revelou também que sete dessas cidades tiveram uma redução no custo da cesta.
Cesta básica está mais cara em – Fotos: Valter Campanato/Agência Brasil
O Rio de Janeiro liderou o aumento, com uma alta de 2,22% em comparação com abril. Depois vem Florianópolis (1,88%), seguida de Curitiba (1,81%) e Belo Horizonte (1,18%). Em contraste, Natal e Recife registraram quedas, com -6,38% e -5,75%, respectivamente.
O aumento no custo tem como causa principal o preço do leite integral, que subiu 16 das 17 cidades pesquisadas, da batata e do café em pó. No caso do leite, os aumentos variam de 2,80% em Natal a 12,46% em Goiânia. O quilo do café em pó teve alta em 15 capitais, se destacando em Natal (10,48%) e Fortaleza (10,30%).
Cesta básica cara em SP
São Paulo continua a ter a cesta básica mais cara do país, com um custo médio de R$ 832,69 em junho. Em seguida estão Florianópolis (R$ 816,06), Rio de Janeiro (R$ 814,38) e Porto Alegre (R$ 804,86). As regiões Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, apresentaram os menores valores. Assim, em Aracaju (R$ 561,96), Recife (R$ 582,90) e João Pessoa (R$ 597,32).
Por fim, considerando a cesta mais cara e a determinação constitucional que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir despesas essenciais, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário em maio deveria ser de R$ 6.995,44, ou 4,95 vezes o mínimo atual de R$ 1.412,00.