Aumento de capital prepara Eletrobras para privatização

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Em teleconferência na quarta-feira, com analistas do mercado, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, afirmou que a proposta de aumento de capital aprovada pelo governo na terça-feira, no valor de até R$ 10 bilhões, limpa o balanço da empresa e a deixa pronta para a privatização.

O processo de venda holding do setor elétrico vem sendo discutido desde o governo Michel Temer. Mas também se transformou em objetivo de Jair Bolsonaro. Segundo o presidente da companhia, o aumento de capital limpa o balanço e melhora a capacidade de investimento da empresa. Para convencer os acionistas, a Eletrobras acena com pagamento de dividendos, tanto em ações quanto em dinheiro.

Do total previsto (até R$ 10 bilhões), R$ 4 bilhões virão da União, que controla a empresa, por meio da conversão de Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital (Afacs) concedidos em 2016 em novas ações. O restante virá de acionistas privados.

A União tem 40,99% das ações da estatal e não terá sua participação diluída no processo. Pelo contrário: se todos os minoritários aderirem, a fatia do governo subirá para 42,59%. Caso apenas 20% dos minoritários se disponham a comprar novas ações, o governo ficara com 44,93%.

A diluição deve ocorrer no processo de privatização. A ideia, neste caso, é vender novas ações apenas para sócios privados, reduzindo a fatia estatal a uma posição minoritária. Na teleconferência, Ferreira Junior disse que há apoio político para a privatização.

Com a entrada de novos recursos, no processo de aumento de capital, a empresa terá condições de fazer novos investimentos. “Essa operação pode gerar um recurso de caixa importante para a companhia no momento em que ela passa por processo de reestruturação”.

Interesse chinês

A chinesa State Grid sinalizou na quinta-feira passada com a possibilidade de participar do processo de privatização da Eletrobras. Segundo o presidente da empresa no Brasil, Chang Zhongjiao, no entanto, é preciso aguardar o modelo a ser apresentado pelo governo brasileiro para decidir se de fato o negócio fará sentido para a companhia. Os chineses já têm posição forte na geração, transmissão e distribuição de energia no Brasil.

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