Início » Assinatura do contrato de renovação da Rumo é adiado

Assinatura do contrato de renovação da Rumo é adiado

A+A-
Reset

A assinatura do contrato de renovação antecipada da Ferrovia Rumo (Malha Paulista), que deveria ter ocorrido na sexta-feira passada, foi adiada sem previsão de data. A Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura Portuária e Ferroviária (SeinfraPortoFerrovia), que analisava o processo no TCU, pediu o adiamento sob o argumento de que alterações no texto feitas pelo Ministério da Infraestrutura e pela ANTT alteraram significativamente a versão final aprovada pelo Tribunal em dezembro do ano passado.

De acordo com a Secretaria, a ANTT não apenas mudou a lista de cidades que receberiam obras de redução de conflitos urbanos, como reduziu o volume de investimentos da Rumo, em expansão da malha, e não ajustou partes do texto consideradas inconsistentes pelo TCU. Outro ponto levantado pelos técnicos do Tribunal refere-se à contabilização dos ativos da ferrovia. O TCU havia determinado que se distinguisse o que deveria ser indenizado à Rumo e o que não deveria, já que não tem relação com a atividade operacional.

À época, ficou definido com a ANTT que a contabilização dos ativos seria feita em até 18 meses, separando-se os indenizáveis dos não indenizáveis, visando um reequilíbrio do contrato após o valor real dos ativos ser conhecido. O texto, contudo, permite que todos os ativos sejam indenizados e não deixa claro se haverá reequilíbrio após o valor real ser conhecido, o que pode causar prejuízo ao erário.

A agência retirou a discussão da renovação do contrato da pauta da reunião da diretoria colegiada da terça-feira passada e iniciou reuniões com os técnicos do Tribunal para esclarecer a questão. O relator do processo no TCU, ministro Augusto Nardes, não chegou a pedir a suspensão cautelar da assinatura do contrato, conforme haviam sugerido os técnicos.

Na quarta-feira à noite, o ministério divulgou nota sobre o assunto: “A respeito do processo de prorrogação antecipada do contrato de concessão da Rumo Malha Paulista protocolado no Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério da Infraestrutura esclarece que não há indícios de irregularidades nos documentos apontados no Relatório de Acompanhamento da Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura Portuária e Ferroviária (SeinfraPortoFerrovia)”.

Acrescenta que “os ajustes realizados na minuta contratual não comprometem o atendimento das recomendações e determinações do órgão, mas, sim, visam dar clareza e segurança jurídica às partes envolvidas, além de buscar ainda mais atender ao interesse público”.

Páginas do site

Sugira uma pauta ou fale conosco

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Aceitar Saiba mais