A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas no Brasil deve somar 306,5 milhões de toneladas em 2024. O valor representa uma queda de 2,8% em relação ao ano passado, quando a produção agrícola foi recorde. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a estimativa no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), na quarta-feira (10).
A previsão menor para este ano está relacionada às quedas de desempenhos dos seguintes produtos: milho 2ª safra (12,8%); milho 1ª safra (3,3%), sorgo (12,1%) e algodão herbáceo em caroço (3,3%). Por outro lado, há a expectativa no crescimento da produção de soja (1,7%), feijão (4,2%), arroz (1,6%) e trigo (33%).
Recorde em 2023
O gerente da pesquisa LSPA, Carlos Barradas, destaca que o desempenho recorde da safra de 2023 impacta a comparação entre os anos.
— Vale destacar o fato de 2023 ter apresentado um recorde de produção [315,4 milhões de toneladas], o que faz com que a base de comparação seja alta. Em 2023, houve recorde de produção da soja, do milho, do sorgo e do algodão. Em 2024, é estimado recorde apenas para a soja, que deve somar 154,5 milhões de toneladas, aumento de 1,3% em relação a novembro, e consolidando um aumento de 1,7% em comparação à quantidade produzida em 2023.
Os eventos climáticos são um fator determinante para a produtividade no campo. De acordo com Barradas, as condições para 2024 são menos favoráveis que no ano passado.
— Na safra 2023, com exceção do Rio Grande do Sul, o clima beneficiou as lavouras; na época de plantio os preços estavam altos, e o produtor acreditou, ampliou a área e investiu em tecnologia — analisou Barradas. — Em 2024, possivelmente teremos um ano com um “clima mais normal”, aguardando-se restrições de chuvas em alguns estados importantes para a produção de grãos.
Safra 2023 pode alcançar 315,4 milhões de toneladas
Ainda sem os números consolidados de 2023, a estimativa mais recente para a safra do ano passado é de 315,4 milhões de toneladas produzidas. Isso representa um crescimento de 19,8% em relação à 2022, ou seja, 52,2 milhões de toneladas a mais.
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As estimativas, por produto, são:
- Soja: 152 milhões de toneladas;
- Milho: 131,1 milhões de toneladas;
- Arroz: 10,3 milhões de toneladas para o arroz;
- Trigo: 7,8 milhões de toneladas;
- Algodão herbáceo (em caroço): 7,7 milhões de toneladas; e
- Sorgo: 4,3 milhões de toneladas.
Confira aqui os prognósticos do IBGE para a produção agrícola brasileira.