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O protagonismo internacional de Lula – Análise

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O presidente Lula (PT) teve um desempenho positivo na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU). Como tradicionalmente ocorre, o Brasil realizou o discurso de abertura. Em sua manifestação, Lula criticou a ascensão da extrema direita e a “crise do multilateralismo”. Cobrou ainda reformas em instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial (BM) e o Conselho de Segurança da ONU.

A pauta social, principal pilar da agenda lulista, também teve destaque no discurso do presidente. Lula condenou o desemprego e a precarização do trabalho. E fez fortes críticas ao neoliberalismo, dizendo que esse modelo “agravou a desigualdade econômica e política” e que “seu legado é uma massa de deserdados e excluídos”. Na avaliação de Lula, “nos escombros do neoliberalismo surgem aventureiros de extrema direita que negam a política”.

Lula reafirmou seu compromisso com o meio ambiente, alertando para as mudanças climáticas. E os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Marina Silva (Meio Ambiente) anunciaram o lançamento do Green Bonds. Essa série de gestos simbólicos marcou o retorno do Brasil ao convívio multilateral.

Lula se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Eles lançaram um programa conjunto de defesa dos direitos trabalhistas. Lula também se encontrou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Após o encontro com Zelensky, Lula declarou que “as conversas entre os países visam à paz duradoura para que nunca mais aconteça uma ocupação territorial, como fez a Rússia”.

A importância dada por Lula à agenda internacional está inserida no objetivo de posicionar o Brasil no cenário mundial, além de defender pautas domésticas, como a redução das desigualdades e o combate à fome.

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Mesmo que a busca da paz e a revisão da reforma trabalhista sejam improváveis, em que pese a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de autorizar a cobrança de uma nova fonte de custeio aos sindicatos, Lula, do ponto de vista político, consegue transmitir sua narrativa, tentando se firmar como um estadista que aposta na negociação permanente como forma de minimizar conflitos globais e domésticos.

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