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Lula critica União Europeia e defende acordo equilibrado com Mercosul

Presidente aponta contradições internas na UE como obstáculo para conclusão de acordo

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Nesta segunda-feira (15), o presidente Lula (PT) afirmou que as “contradições internas” dos europeus impediram a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia. Lula criticou as medidas “unilaterais” impostas pela UE, que, segundo ele, podem impactar negativamente a vida dos produtores brasileiros.

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O presidente Lula (PT) o presidente da Itália, Sergio Mattarella, durante cerimônia, antes de conversarem sobre o Mercosul – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

As declarações foram feitas durante uma coletiva ao lado do presidente da Itália, Sérgio Mattarella. Ambos se reuniram no Palácio do Planalto para discutir a presidência brasileira do G20 e a presidência italiana do G7. Além disso, eles debateram outros temas, como a reforma das instituições de governança global.

Como fiz na recente Cúpula do Mercosul em Assunção, reiterei ao presidente italiano o interesse do Brasil em concluir, o quanto antes, um acordo com a União Europeia que seja equilibrado e que contribua para o desenvolvimento das duas regiões. Explicitei que o avanço das negociações depende de os europeus resolverem suas próprias contradições internas. Medidas como a taxa de carbono imposta de forma unilateral pela União Europeia podem afetar cinco dos dez produtos brasileiros mais exportados para o mercado italiano. A redução das emissões de CO2 é um imperativo, mas não deve ser feita com base em medidas unilaterais que vão impactar as vidas dos produtores brasileiros e dos consumidores italianos – afirmou Lula.

Lula também discutiu com Mattarella o resultado das eleições no Reino Unido e na França, destacando a importância da “vitória das forças progressistas” para a defesa da democracia contra ameaças extremistas.

Manifestei minha satisfação com a vitória das forças progressistas nas recentes eleições no Reino Unido e na França. Ambas são fundamentais para a defesa da democracia e da justiça social contra as ameaças do extremismo.

O presidente italiano terá compromissos ao longo da semana no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Esta é a sua primeira visita oficial ao Brasil.

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