Apesar de três senadores terem retirado suas assinaturas do requerimento que pede a abertura de uma CPI para investigar supostas irregularidades no Ministério da Educação, a expectativa é de que novos parlamentares assinem o documento. Senadores ouvidos pela Arko acreditam ter a adesão de, pelo menos, mais cinco nomes nos próximos dias.
O senador Randolfe Rodrigues, autor do requerimento, disse que faltam duas assinaturas para atingir o mínimo necessário, já que o colega Marcelo Castro (MDB-PI) se comprometeu a apoiar o pedido. Questionado se teria dificuldades de instalar o colegiado como ocorreu na CPI da Covid, Randolfe garante que isso não ocorrerá novamente. “Se tivermos as 27 assinaturas, Rodrigo Pacheco fará a leitura do requerimento”, declarou à Arko. Para se instalar uma CPI é necessário apoio de um terço dos senadores e fato determinado. Em seguida, o presidente do Senado precisa ler o requerimento em plenário.
O documento chegou a ter as 27 assinaturas necessárias, na semana passada, mas três parlamentares retiraram seus nomes do documento após pressão do governo. Recuaram do apoio à criação da CPI os senadores Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Weverton Rocha (PDT-MA).
A ideia dos parlamentares que apoiam a instalação do colegiado é investigar as supostas irregularidades nos repasses de verba pública pelo Ministério da Educação. Segundo denúncias, dois pastores teriam forte influência na distribuição dos recursos, atuando como uma espécie de “gabinete paralelo” da pasta. Após as acusações, o então ministro da educação foi exonerado do cargo. Milton Ribeiro foi o quarto ministro da pasta no governo Bolsonaro.