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Reforma ministerial no radar – Análise

Uma das premissas da reforma ministerial é oxigenar o governo, no sentido de avançar com uma agenda de olho na sucessão presidencial de 2026

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Até o fim do ano, o presidente Lula (PT) deve promover mudanças na equipe ministerial. A reforma levará em consideração, basicamente, três diretrizes.

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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A primeira é a necessidade de oxigenar o governo, no sentido de avançar com uma agenda de olho na sucessão presidencial de 2026. Pesquisa Quaet/Genial (2 e 6 de maio) mostrou como a disputa deverá ser acirrada: o presidente Lula (PT) ficou com 46% das intenções de voto; e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 40%.

Uma segunda diretriz é ajustar o governo à nova realidade político partidária a partir dos resultados das eleições municipais deste ano. Algumas legendas, como PP e PSD, devem apresentar um bom desempenho no pleito e, por essa razão, podem demandar novas pastas no Ministério.

A terceira diretriz refere-se ao fato de que alguns ministros, mesmo contando com o respaldo do presidente Lula, enfrentam algum problema na própria legenda, ou ocupam pastas cobiçadas, ou têm uma relação difícil com o Congresso Nacional.

Podemos elencar, entre outras, as seguintes pastas nessa situação: Ministério da Saúde (Nísia Trindade, sem partido); Ministério da Comunicação (Juscelino Filho – União Brasil); Secretaria de Relações Institucionais (Alexandre Padilha – PT); Casa Civil (Rui Costa – PT). Paulo Pimenta (PT-RS), que estava na Secretaria de Comunicação, deixou a pasta para assumir a reconstrução do Rio Grande do Sul, afetado por fortes chuvas. Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara (SP), é cotado para o posto que ficará vago.

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Foto: Ricardo Stuckert/PR

Vale ressaltar que também o processo sucessório na Câmara e no Senado poderá forçar o governo federal a negociar mudanças na equipe ministerial, além de posições nas lideranças do governo no Congresso. De todo modo, melhorar o diálogo com o Legislativo – ou evitar uma piora – é imprescindível para o projeto de reeleição de Lula.

Alguns partidos que hoje estão no governo podem facilmente embarcar em outra candidatura, cobrando um preço alto para permanecer na base. É o caso de: PSD (44 deputados/15 senadores); União Brasil (58/7); PP (50/6); MDB (44/11); e Republicanos (43/4). Juntas, essas legendas somam 239 deputados e 43 senadores.

Mudanças pontuais podem ocorrer, mas ajustes profundos só devem ser considerados depois do segundo turno das eleições municipais, a ser realizado em 27 de outubro.

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