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O ato bolsonarista no Rio – Análise

A recente polêmica envolvendo Elon Musk e Moraes serviu de combustível para a narrativa bolsonarista

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizou, no último domingo (21), uma nova manifestação. Dessa vez, o palco escolhido foi na orla da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A recente polêmica envolvendo o dono da rede social X, Elon Musk, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes serviu de combustível para a narrativa de Bolsonaro de defesa da – liberdade de expressão -.

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Por meio das redes sociais, Bolsonaro chegou a afirmar que – todos sabem o quanto estamos perto de uma ditadura -. Diante de uma situação jurídica difícil, por conta das investigações em torno dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, Bolsonaro tem aproveitado a repercussão do embate entre Musk e Moraes para reforçar a narrativa – alternativa -. Trata-se de uma tática para criar um antídoto às afirmativas de que ele teria tentado dar um golpe após perder as eleições de 2022.

Outro aspecto explorado foi o desgaste de Alexandre de Moraes, que, apesar de ser um dos protagonistas da defesa da democracia e do pacto constitucional de 1988, tem acumulado controvérsias. Além dos recentes embates com Musk, Moraes conduz inquéritos polêmicos, como o das fake news e o das milícias digitais. Explorando esse desgaste de Moraes, o pastor Silas Malafaia pediu a renúncia do ministro, a quem chamou de “ditador com modus operandi”.

Em seu discurso, Jair Bolsonaro declarou que Musk – teve a coragem de mostrar para onde a nossa democracia estava indo. O quanto da liberdade já perdemos -. A declaração busca construir uma repercussão internacional para o ato político.

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Foto: YouTube/Silas Malafaia

Presente na manifestação, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, reforçou a importância do bolsonarismo para a legenda ao dizer que Bolsonaro fez do PL – o maior partido do Brasil -. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que comandou uma oração, sinalizou para as mulheres, afirmando que a política – é feminina, e não feminista -.

Apesar de sua capacidade de mobilização social, o bolsonarismo tem adesão limitada no mundo político. De acordo com o site Poder360, o ato no Rio contou com a presença de apenas dois governadores – Cláudio Castro (RJ) e Jorginho Mello (SC) –, 47 deputados federais (38 do PL) e nove senadores (oito do PL). Em termos de público, a presença foi estimada em cerca de 45 mil pessoas. Em São Paulo, falou-se ao redor de 700 mil.

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