Líderes do G20 propõem imposto de 2% sobre a fortuna dos bilionários para combater pobreza e crise climática

Ministros dos países Brasil, Alemanha, Espanha e África do Sul uniram-se em uma proposta para a criação de um imposto mínimo de 2% sobre a riqueza dos bilionários do mundo, com o objetivo de arrecadar cerca de £250 bilhões por ano. Esta medida, de acordo com os ministros, ajudaria a combater a pobreza, a desigualdade e a crise climática global.

Foto: Freepik

A sugestão desses países, que representa um apoio crescente internacional a um imposto sobre os super-ricos, vem em um momento crucial após os impactos econômicos da pandemia, da crise climática e dos conflitos militares. O Brasil, que preside o grupo G20, trouxe o imposto sobre bilionários à mesa de discussões dos ministros das finanças neste ano.

Em um artigo publicado no jornal britânico The Guardian, ministros das finanças da Alemanha, Espanha e África do Sul, junto com seus colegas do Brasil e da França, defendem a necessidade de uma abordagem progressiva na tributação para promover a igualdade e financiar bens públicos globais.

De acordo com os ministros, a taxação dos bilionários é crucial, considerando que muitos deles têm utilizado estratégias para evitar o pagamento justo de impostos, como o uso de paraísos fiscais e estruturas offshore. A proposta, que está sendo discutida em fóruns internacionais como o G20, busca garantir que todos contribuam para o bem comum de acordo com sua capacidade financeira.

Um dos principais objetivos do imposto é angariar recursos para enfrentar a crise climática. Estima-se que uma alíquota mínima de 2% poderia gerar cerca de €233 bilhões anualmente em receitas fiscais globais, parte das quais poderia ser direcionada para lidar com os danos causados por eventos climáticos extremos.

Apesar do apoio público esmagador à proposta, com pesquisas de opinião mostrando até 80% de apoio dos eleitores, espera-se uma forte resistência por parte dos super-ricos, que têm histórico de lobby político e uso de mídia para proteger seus interesses financeiros. Entretanto, os ministros enfatizam a importância da cooperação internacional e de acordos globais para tornar esse imposto eficaz.

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