A pesquisa Genial/Quaest – o primeiro levantamento após a realização das convenções partidárias – aponta que a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes tem o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) na liderança. Na segunda posição, está configurado um empate técnico entre o governador de São Paulo (SP), Rodrigo Garcia (PSDB), e o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Os demais candidatos – Elvis Cezar (PDT), Vinícius Poit (Novo), Gabriel Colombo (PCB), Altino Júnior (PSTU) e Edson Dutra (PCO) – apresentam baixa densidade eleitoral. Outro aspecto a ser destacado é o elevado percentual de eleitores “sem candidato” (brancos, nulos e indecisos), que indica muitos votos ainda a serem disputados.
CANDIDATOS | INTENÇÃO DE VOTO (%) |
Fernando Haddad (PT) | 34 |
Tarcísio de Freitas (Republicanos) | 14 |
Rodrigo Garcia (PSDB) | 14 |
Elvis Cezar (PDT) | 2 |
Vinícius Poit (Novo) | 1 |
Gabriel Colombo (PCB) | 1 |
Altino Júnior (PSTU) | 1 |
Edson Dorta (PCO) | 1 |
Brancos/Nulos/Indecisos | 32 |
*Fonte: Genial/Quaest (05 a 08/08)
A tendência é que uma das vagas no segundo turno seja de Haddad. A incógnita é quem será seu adversário, que sairá do embate entre Garcia e Tarcísio, que tende a ser acirrado. De acordo com o Quaest, hoje, Haddad venceria tanto Tarcísio (44% a 31%) quanto Garcia (41% a 32%).
No entanto, o segundo turno tende a ser difícil para Fernando Haddad, que é o candidato mais rejeitado (49%). Rodrigo Garcia e Tarcísio de Freitas, por outro lado, tem baixa rejeição: 16% e 14%, respectivamente. Também vale registrar que Tarcísio (67%) e Garcia (66%) ainda são muito desconhecidos.
Guardadas as devidas proporções, a eleição deste ano em SP repete o embate triangular de 2018, quando os candidatos foram João Doria (PSDB), Márcio França (PSB) e Paulo Skaf (MDB). Neste ano, este embate triangular tem Fernando Haddad (PT), Rodrigo Garcia (PSDB) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) como protagonistas.
França é o favorito para o Senado
O ex-governador Márcio França (PSB) larga como favorito na disputa ao Senado. Joga a favor de França o recall das últimas eleições – ele concorreu a governador (2018) e prefeito de São Paulo (2020), e o apoio do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) e do ex-presidente Lula (PT).
Outras variáveis também ajudam Márcio França: a divisão do campo da direita em duas candidaturas – o ex-ministro Marcos Pontes (PL) e a deputada estadual Janaína Paschoal (PRTB) – e a ausência de uma candidatura de centro, que poderia disputar esse espaço com ele, com condições de competitividade.
CANDIDATOS | INTENÇÃO DE VOTO (%) |
Márcio França (PSB) | 29 |
Marcos Pontes (PL) | 12 |
Janaína Paschoal (PRTB) | 10 |
Cristiane Brasil (PTB) | 3 |
Aldo Rebelo (PDT) | 3 |
Professor HOC (Podemos) | 3 |
Edson Aparecido (MDB) | 1 |
Ricardo Mellão (Novo) | 1 |
Brancos/Nulos/Indecisos | 37 |
*Fonte: Genial/Quaest (05 a 08/08)
Apesar do favoritismo de França, vale registrar que menos 37% de eleitores “sem candidato” (brancos, nulos e indecisos). Também vale mencionar que Marcos Pontes e Janaína Paschoal somam juntos 22% das intenções de voto. Assim, se tivermos um movimento do eleitor da direita em direção a um dos dois, a disputa pode se acirrar.