O PL, partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro, disputa a reeleição, divulgou ontem, quarta (28), nota questionando a segurança das urnas eletrônicas. O fato levou o TSE a elevar o tom, chamando o texto de fraudulento e determinar investigação e lembrar que parlamentares já foram cassados por tornar público informações falsas sobre o pleito.
Pela manhã, em visita feita à sala de totalização de votos do tribunal, em um grupo no qual se encontrava o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, havia dito que o setor de totalização de votos do TSE não é uma sala secreta. “Não tem mais (sala secreta). Agora é aberta”.
Após a divulgação do documento, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou que integrantes do PL sejam investigados por divulgar informações “falsas e mentirosas” e “em clara tentativa de embaraçar e tumultuar o curso natural do processo eleitoral”.
O documento do PL, em que o partido lança suspeitas, sem provas, sobre a segurança das urnas, foi remetido ao STF e será incluído no inquérito das fake news, do qual Moraes é relator. O texto divulgado tem o carimbo do do partido, mas não é assinado por seus dirigentes.
Em outubro do ano passado por seis votos a um, o Plenário do TSE cassou o mandato e tornou inelegível o deputado estadual eleito pelo Paraná, em 2018, Fernando Francischini, por divulgar notícias falsas contra o sistema eletrônico de votação.
Eleição justa e credível
Em iniciativa inédita, o Senado dos Estados Unidos aprovou resolução que insta “o governo do Brasil a garantir que as eleições do mês de outubro de 2022 serão conduzidas de forma livre, justa, credível, transparente e pacífica”.
A resolução do Senado norte-americano declara que os EUA reconhecerão “imediatamente o resultado da eleição no Brasil, se essa eleição for determinada por observadores e organizações internacionais como livre e justa”.
O reconhecimento rápido do resultado considerado justo é uma das principais preocupações de observadores internacionais, os quais avaliam que uma ação veloz de outros países, sobretudo dos EUA, pode evitar ações antidemocráticas