A dez dias do primeiro turno da eleição presidencial, a Petrobras anunciou ontem, quinta-feira (22), redução de 6% no preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha. Os novos preços, nas refinarias, passam a vigorar a partir desta sexta.
O preço para as distribuidoras cairá de R$ 4,0265 para R$ 3,7842 por quilo. O valor médio do botijão ficará em R$ 49,19, queda estimada de R$ 3,15 nos treze quilos.
Trata-se do segundo corte consecutivo desde a semana passada, quando os efeitos no preço final ao consumidor foram anulados em decorrência de repasse de reajuste salarial da categoria.
A Petrobras associa essas reduções dos combustíveis à trégua dos preços de referência no mercado internacional. Nota distribuída pela empresa afirma que se “busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.
O novo preço do quilo do GLP é o menor registrado neste ano até o momento e está 1,96% abaixo da cotação do começo do ano, de R$ 3,86 por quilo.
Para especialistas, o novo corte era esperado, devido à aceleração da queda do GLP no exterior nos últimos dias. “O preço no mercado internacional vem tendo uma queda mais forte. Havia sinais de que haveria algum movimento desse tipo por parte da Petrobras”, afirmou o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Mello.
Ele lembrou, no entanto, que o preço de venda da Petrobras nas refinarias compõe menos de metade do preço final do botijão, que é acrescentado ainda das margens de revenda e distribuição, além de impostos. Por isso, o corte não deve ter grandes efeitos nas vendas do produto.