Diante da dificuldade em solucionar o impasse jurídico em como contemplar caminhoneiros na PEC dos combustíveis, passou a ventilar nos bastidores a possibilidade de usar os recursos destinados a esse fim para zerar a fila do auxílio Brasil. Fontes do governo e do Congresso envolvidas nas negociações confirmaram que a PEC pode trazer um comando constitucional que garanta que aqueles que aguardam na fila sejam atendidos.
Cálculos do governo apontam que cerca de um milhão de pessoas esperam para receber o auxílio. Esse número, contudo, pode reduzir pois as pessoas cadastradas passam por uma checagem de dados, a fim de conferir se elas se enquadram nos requisitos estabelecidos pelo benefício.
A avaliação é de que além do auxílio já existir e, por isso, ser mais fácil a ampliação do programa, o público que aguarda por esse tipo de benefício se encontra, neste momento, em situação econômica bastante delicada por causa da alta da inflação. Mas a substituição do voucher caminhoneiro por essa medida ainda não encontra convergência e é tema de discussão. Até porque uma ala dos congressistas defende que a ajuda aos transportadores de carga seja mantida no texto.
Por outro lado, o grande problema em questão é o tamanho do cheque que o governo terá de assinar para conceder os benefícios. A ideia da equipe econômica é destinar, no total, R$ 50 bilhões. Mas a soma inclui renúncia fiscal com a isenção de PIS/Cofins na gasolina e o pacote de benefícios que será ampliado via PEC. Daqui a pouco o relator do texto, senador Fernando Bezerra, irá se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para tratar sobre a PEC e seu andamento na casa.