O pré-candidato à Presidência pelo PSDB, João Doria, enviou uma carta ao presidente do seu partido, Bruno Araújo em que repudia a decisão da legenda por definir pesquisas qualitativa/quantitativa como forma de nortear a escolha da terceira via. Ele diz ser vitima de um “golpe” do próprio partido. A carta vem em meio a diversas amostras que apontam Doria patinando nas intenções de voto e com alto índice de rejeição. Na quarta-feira é aguardada a pesquisa encomendada pela terceira via, onde há probabilidade de Simone Tebet figurar como o nome com mais condições de concorrer à presidência.
João Doria foi escolhido nas prévias do partido, realizada em novembro de 2021. Ele usa esse fato para defender, na carta, sua candidatura. Doria cita o artigo 152 do estatuto do PSDB, em que destaca que “os candidatos vencedores em eleições prévias terão seus nomes homologados nas Convenções convocadas para esse fim”. Uma decisão contrária a isso deve ser levada a justiça, segundo sinalizou o próprio político na carta. A ideia de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral só deve ser descartada caso a executiva recue das pesquisas como critério para definição de um candidato.
Em nota, o ex-governador de São Paulo também cita a carta publicada, em março deste ano, pelo Presidente do PSDB, Bruno Araújo, em que afirma que Doria seria o candidato do partido. “Nos deram a segurança necessária para renunciar ao mandato de Governador de São Paulo, para disputarmos, pelo PSDB, a Presidência da República” escreveu Doria, justificando que não há mudança no cenário político nacional para que o posicionamento de Araújo se alterasse.