Em paralelo ao recurso a ser apresentado no TSE para tentar expandir o prazo para a definição de federações, PT e PSB marcaram uma série de encontros para tentar equacionar as divergências regionais. As conversas serão essenciais na negociação para que os dois partidos formem uma federação partidária. Serão ouvidos os pré-candidatos a governador e os presidentes regionais das duas siglas.
Na quarta-feira (26), PT, PSB, PCdoB e PV se reúnem para começar a definir os termos do estatuto da federação. Os partidos menores demandam que o grupo tenha regras que garantam a eles poder de decisão e impeçam que sejam “engolidos” pelos partidos maiores.
Na próxima quinta-feira (27) será feita uma reunião em Pernambuco, um dos estados onde tanto PT como PSB pretendem lançar candidato. O acordo que se constrói é para que o PT abra mão de sua candidatura e apoie um candidato a ser indicado pelo PSB.
Em seguida, será marcada uma reunião em São Paulo. No estado, os presidentes dos partidos querem tentar chegar a um acordo político para definir a candidatura. Caso contrário é aventada a possibilidade de definir quem será o candidato da federação a partir de pesquisas de intenção de voto.
“O PT entende que a candidatura do Haddad é essencial, viável. E o PSB também entende que a candidatura do Márcio é importante, eu acho que são dois grandes quadros políticos, que têm experiência de gestão, têm experiência política, e, com muito respeito entre nós, temos que chegar a um denominador. Eu acho que só vamos ter competitividade na disputa se nós conseguirmos unificar esse campo”, disse a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
O PSB anunciou que vai apoiar a candidatura dos petistas Jacques Wagner na Bahia, Rogério Carvalho em Sergipe, Rafael Fontelles no Piauí e Fátima Bezerra no Rio Grande do Norte. Já no Rio de Janeiro, PT e PSB devem apoiar a candidatura de Marcelo Freixo (PSOL). No Espírito Santo, o PT deve apoiar uma candidatura do PSB. O partido também quer apoio do PT na disputa pelo governo no Maranhão, em Alagoas (onde João Henrique Caldas deve se candidatar), e a Dário Berger em Santa Catarina.
“Nós esperamos que o TSE possa nos atender no sentido de respeitar o que está estabelecido na lei. E o STF faça sua parte também. Já que vai julgar uma ação a esse respeito. Então, independente de ser em junho ou em março, nós estabelecemos um calendário de trabalho que já começa na próxima quarta-feira”, disse o presidente do PSB, Carlos Siqueira.
Colaborou: Lorena Fraga