Após as declarações do presidente Jair Bolsonaro questionando a lisura das eleições de 2022, o mundo político e jurídico levantou o tom. Defensor da adoção do voto impresso, proposta que está a beira de naufragar na Câmara dos Deputados, Bolsonaro declarou nesta sexta-feira (9) de que houve fraude eleitoral em 2014 por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e chegou a chamar o presidente da corte, ministro Luís Roberto Barroso, de “imbecil”.
Em resposta, o TSE publicou uma nota dizendo que a acusação de fraude no processo eleitoral é leviana e ofensiva a todos os ministros do STF. E alerta: “A realização de eleições, na data prevista na Constituição, é pressuposto do regime democrático. Qualquer atuação no sentido de impedir a sua ocorrência viola princípios constitucionais e configura crime de responsabilidade”.
Também nesta sexta-feira (9), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), comentou as declarações do presidente Bolsonaro. “A discussão sobre o voto impresso cabe ao Congresso Nacional. Será o Congresso que irá definir se isso será preciso ou não”.
“Confio nas urnas eletrônicas e no sistema eleitoral brasileiro. Mas respeito que diverge da minha opinião. As eleições são uma realidade da democracia brasileira. A definição pelo formato não será feita pelo Poder Executivo ou pelo TSE. Mas pelo Poder Legislativo. E a decisão que houver terá que ser respeitada por todos”, afirmou Pacheco, em coletiva de imprensa.
Anteriormente, na quinta-feira (8), Bolsonaro já havia feito outra declaração polêmica. Disse que “ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”. Para parlamentares e ministros do STF, a fala foi recebida como uma ameaça para pressionar a adoção do voto impresso.
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