O Brasil participou da sexta rodada de negociações Mercosul-Coreia do Sul entre os dias 31 de maio e 4 de junho. Realizada por videoconferência, o evento marcou a retomada das negociações de um acordo de livre comércio que estava em pausa desde fevereiro de 2020. Agora, a pretensão é que a sétima rodada ocorra ainda no final de agosto deste ano.
No encontro, foram abordados os temas de acesso ao mercado de bens; comércio de serviços, comércio eletrônico e investimentos; regras de origem; medidas sanitárias e fitossanitárias; barreiras técnicas ao comércio; assuntos institucionais; direito de propriedade intelectual; defesa comercial, e facilitação do comércio.
Acordo Mercosul-Coreia do Sul
As conversas entre o bloco econômico e o país asiático iniciaram-se em maio de 2018 na capital da Coreia do Sul, Seul. O Acordo faz parte de um conjunto de acordos comerciais concluídos ou ainda em negociação que contribuirão R$1,7 trilhão para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil até 2040, segundo estimativas do Ministério da Economia.
O Ministério da Economia estima que as negociações com a Coreia do Sul, Singapura, Indonésia e Vietnã acumularão até 2040 R$ 502 bilhões no PIB brasileiro, junto de R$327 bilhões em investimentos no país.
Discordância nacional
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou em maio uma simulação que aponta 51 setores econômicos brasileiros que seriam prejudicados pela eliminação das tarifas de importação que está em negociação.
Ainda segundo a entidade, a aprovação do acordo ampliaria o déficit comercial do Brasil com a Coreia do Sul em 7 bilhões de dólares. No dia 6 de junho, a CNI realizou reunião com o Ministério da Economia na qual reafirmou a sua posição contrária ao acordo, declarada em abril quando solicitou a suspensão das negociações ao governo federal.
Leia mais notícias sobre Mercosul: Mercosul: Argentina tenta costurar acordo para segurar redução de tarifas