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Polarização direita-esquerda não é certeza em 2022, avalia Conselho Consultivo da Arko Advice

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Em meio ao intenso debate sobre PEC Emergencial e a volta de Lula à cena política, a primeira reunião do Conselho Consultivo da Arko Advice, empresa liderada pelo cientista político Murillo de Aragão, se reuniu na quarta-feira (10) para discutir o cenário político atual.

“O conselho se dividiu entre debater a conjuntura política e os planos da empresa. Os integrantes do Conselho concluíram que a análise política está cada vez mais valorizada”, avaliou Aragão.

As principais conclusões:

  • A decisão do ministro Edson Fachin, de anular as condenações de Luiz Inácio Lula da Silva, embaralha a sucessão. Caso seja elegível, Lula desponta como a grande força da esquerda.
  • Quem fica mais prejudicado com o retorno de Lula à cena política são os políticos de centro, que ficam espremidos pelo retorno da polarização Jair Bolsonaro x Lula.  Esses candidatos moderados terão que criar uma narrativa alternativa que ainda não existe no imaginário popular.
  • Ainda não é certo que a polarização direita-esquerda vá predominar em 2022, pois o centro terá tempo de construir um caminho alternativo. Paradoxalmente, com ou sem polarização de extremos, quem decidirá a eleição será o eleitor de centro, não radical e não afetado pelas narrativas dogmáticas.

Fazem parte do conselho da Arko: Claudia Sender (conselheira da Telefônica), Henrique Bredda (Alaska), Juliano Custódio (EQI), Luiz Fernando Figueiredo (Mauá), Marco Bologna (Galápagos) e Oswaldo de Assis (BTG Pactual).

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