A nova pesquisa Datafolha para Prefeitura de São Paulo (SP) aponta que Celso Russomanno (Republicanos) perdeu sete pontos percentuais, registra agora 20% e foi ultrapassado por Bruno Covas (PSDB), que oscilou dois pontos para cima e aparece com 23% das intenções de voto, estando numericamente à frente de Russomanno.
Ao que tudo indica, os votos perdidos por Russomanno foram herdados por Guilherme Boulos (PSOL), Márcio França (PSB) e Jilmar Tatto (PT).
Boulos oscilou dos pontos para cima e tem 14%. Márcio também oscilou dois para cima e registra 10%. E Tatto subiu três pontos e registra 4%. Nota-se que os votos conquistados pelos três candidatos (7%) é o mesmo perdido por Russomanno.
Arthur do Val (Patriota) tem 4%. Joice Hasselmann (PSL) aparece com 3% e Andrea Matarazzo (PSD) tem 2%. Os demais candidatos têm 1%. Brancos, nulos e indecisos somam 16%.
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Como a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, Russomanno pode estar tecnicamente empatado com Boulos. O candidato do PSOL pode estar tecnicamente empatado com Márcio França. E Márcio tecnicamente empatado com Tatto. Ou seja, a disputa na capital paulista ficou “embolada”.
Como Celso Russomanno está em queda e sua rejeição já atinge 38% – a mais alta entre os candidatos – sua campanha passa por um momento de enfraquecimento. Caso este cenário se mantenha, é possível que com o decorrer da campanha o eleitor de esquerda, que hoje se divide entre Boulos, França e Tatto, faça um movimento de voto útil para emplacar um nome do chamado campo progressista no segundo turno.
Bruno Covas, por ter o maior tempo de TV e estrutura partidária, deve estar no segundo turno. Russomanno ainda está no jogo. No entanto, passou a ser ameaçado por Guilherme Boulos e Márcio França, que estão disputando uma vaga no segundo turno.
Boulos possui uma militância orgânica, muito articulada nas redes sociais. E Márcio carrega o recall da eleição para governador em 2018, quando venceu João Doria (PSDB) na capital.