Com o objetivo de identificar financiadores de atos pedindo o fechamento do Supremo, do Congresso e intervenção militar, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra dos sigilos bancários dos seguintes parlamentares e um senador bolsonaristas:
- Alê Silva, deputada (PSL-MG)
- Aline Sleutjes, deputada (PSL-PR)
- Arolde de Oliveira, senador (PSD-RJ)
- Bia Kicis, deputada (PSL-DF)
- Carla Zambelli, deputada (PSL-SP)
- Caroline de Toni, deputada (PSL-SC)
- Daniel Silveira, deputado (PSL-RJ)
- General Girão, deputado (PSL-RN)
- Guiga Peixoto, deputado (PSL-SP)
- Junio Amaral, deputado (PSL-MG)
- Otoni de Paula, deputado (PSC-RJ)
A decisão do ministro contribui para manter a relação entre Executivo e Judiciário em um clima tenso. Novas manifestações tendo o STF como alvo podem acontecer.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes foi uma resposta dura do STF depois dos ataques que a Corte sofreu no último sábado. Por enquanto, os alvos envolvem deputados do chamado baixo clero. O fato de o presidente Jair Bolsonaro não ter uma base ampla no Congresso reduz uma resposta mais contundente do Legislativo.
O próprio Bolsonaro reconheceu que o gesto de alguns apoiadores – como o do ministro da Educação Abraham Weintraub – não foi adequado. Há rumores de que o presidente irá demiti-lo, mas há preocupação de que o STF, em um movimento ainda mais ousado, determine a prisão do ministro caso ele saia da pasta.