O Ministério da Saúde divulgou que 18% dos partos no Brasil são de mães com menos de 19 anos. Isto é, dois a cada dez bebês que nascem têm mães adolescentes. A deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) informa que “a maioria das adolescentes que engravidam relatam que a gestação não foi intencional, o que indica uma dificuldade de acesso a métodos e informações de planejamento reprodutivo”.
Além da necessidade de educação sexual, acesso aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, também há necessidade de avaliar as consequências da gravidez não intencional sob a perspectiva econômica e de superação de desigualdades, já que muitas jovens mães têm necessidade de abandonar os estudos ou adiá-los.
De acordo com o relatório Situação da População Mundial do Fundo de População das Nações Unidas de 2013, se as jovens engravidassem depois dos 20 anos, o Brasil poderia aumentar sua produtividade em US$ 3,5 bilhões por ano. O debate atual está em consonância com a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento em 1994, que firmou um acordo com 179 países nos quais devem possibilitar que as pessoas tomem decisões livres, informadas e conscientes sobre suas trajetórias reprodutivas.