Desde que as possíveis irregularidades no leilão para a compra de arroz vieram à tona, o deputado Zucco (PL-RS) tenta criar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar o caso. Até o momento foram coletadas 142 assinaturas, das 171 necessárias.
O foco da CPI será o uso de empresas de fachada na disputa para a compra do arroz. No requerimento de criação da CPI, o parlamentar afirma que a empresa vencedora do leilão é suspeita.
“Uma semana antes da realização do leilão a empresa possuía um capital social de apenas R$ 80 mil, totalmente incompatível com a garantia necessária para entrar na disputa. Na véspera, esse capital é convenientemente alterado para R$ 5 milhões”, diz uma parte do texto.
Novo leilão do arroz
Na última terça-feira (11), o governo anunciou que pretendia fazer um novo leilão do arroz. A decisão foi confirmada pelo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, durante coletiva no Palácio do Planalto.
“Quem sabe em outros modelos, para que a gente possa ter garantia que vamos contratar empresa com capacidade técnica e financeira”, disse o chefe da Conab.
O cancelamento é referente a todo o leilão: incluindo as 263 mil toneladas que foram arrematadas e às 36 mil toneladas que seriam arrematadas em uma oportunidade posterior. A companhia também não tinha informado o país de origem que viria o arroz, já que o arremate foi feito por empresas pequenas brasileiras que iriam importar o produto.
A Advocacia-Geral da União (AGU) havia garantido a compra de arroz pela Conab, após conseguir junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4ª) a derrubada de liminar da Justiça Federal de Porto Alegre que impedia a realização do certame.