O Brasil foi o segundo país que mais sofreu ataques cibernéticos da América Latina em 2022, segundo dados da Fortinet, uma agência de segurança digital. Nesse contexto, a Subcomissão Permanente de Defesa Cibernética apresentará um plano de trabalho com objetivo de avaliar a Política Nacional de Cibersegurança, instituída em 2023.
Além disso, o plano inclui visitas técnicas e audiências públicas, envolvendo autoridades do Ministério da Defesa, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) entre outros.
Dessa forma, a reunião da próxima terça-feira (21) visa identificar ameaças digitais sensíveis e os desafios para implementar uma política robusta de Segurança e Defesa Cibernética.
Assim, o relator da subcomissão, senador Esperidião Amin (PP-SC), propôs que o debate se concentre na definição de marcos legais, no fortalecimento de estratégias para superar gargalos e na avaliação da efetividade de colaboradores nacionais e internacionais.
Ataques cibernéticos em alta
Em 2022, o Estado brasileiro teve 103,16 bilhões de ataques cibernéticos, um aumento de 16% em relação ao ano anterior. Este número representa quase 30% do total de ataques no continente, que sofreu mais de 360 bilhões de tentativas.
Atualmente, a Cybersecurity Ventures, uma empresa especializada em segurança na internet, prevê que o crime cibernético custará US$ 9,5 trilhões em 2024. O senador Esperidião apontou no plano de trabalho da subcomissão que, se a infração fosse considerada um país, teria a terceira maior economia do mundo.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) preside a Subcomissão Permanente de Defesa Cibernética, instalada em maio, com Esperidião Amin como relator e o senador Cid Gomes (PSD-CE) como vice-presidente.