Apesar da regulação destinada a proteger os consumidores, os juros dos cartões ainda assombram muitas pessoas. As operadoras de cartão de crédito praticam taxas de juros abusivas, tornando essa modalidade a mais onerosa no Brasil. Essa cobrança pode levar os consumidores a um ciclo de endividamento preocupante, tornando essencial avaliar cuidadosamente a capacidade de pagamento das faturas. Além disso, os encargos decorrentes de atrasos.
Existem alguns sinais claros que podem ajudar a determinar se você está sendo sobrecarregado com encargos excessivos. Primeiramente, é fundamental estar ciente das taxas de juros médias praticadas pelo mercado. O site do Banco Central oferece tabelas atualizadas com essas taxas, permitindo uma comparação direta com o que você está sendo cobrado.
Se os juros cobrados pelo seu cartão de crédito forem significativamente mais altos do que a média do mercado, isso pode ser um indicativo de que você está lidando com juros abusivos.
Para se livrar dos juros abusivos, é crucial identificar a situação e buscar orientação legal. Consultar um advogado especializado em questões de juros abusivos pode ajudar a determinar se a cobrança é injusta e, em seguida, decidir entre negociar diretamente com a instituição ou buscar assistência legal para contestar os encargos excessivos na justiça. Contudo, a negociação direta muitas vezes não é eficaz, tornando a intervenção legal uma escolha mais segura para evitar continuar pagando juros altos de maneira inadvertida.
Juros dos cartões
A taxa média de juros no rotativo do cartão de crédito para pessoas físicas atingiu 421,3% ao ano em março. Esse foi o maior índice desde dezembro de 2023, quando estava em 442,1%. O Banco Central divulgou, no dia 3 de maio, os dados do relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito. O aumento evidencia uma tendência preocupante de juros elevados nessa modalidade de crédito.
Para conter esse problema, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu, em dezembro, uma regra que limita os juros do rotativo a 100% do valor da dívida. A regra passou a valer no dia 3 de janeiro de 2024. Com essa medida, uma dívida de R$ 200 não poderia exceder R$ 400 apenas devido a juros. Contudo, como mostram os dados do Banco Central, os consumidores ainda enfrentam taxas consideravelmente altas.