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Juros rotativo do cartão de crédito atinge 421,3% ao ano em março

O CMN estabeleceu, em dezembro do ano passado, uma regra que limita os juros rotativo do cartão de crédito a 100% do valor da dívida

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A taxa média de juros no rotativo do cartão de crédito para pessoas físicas atingiu 421,3% ao ano em março. Esse foi o maior  índice desde dezembro de 2023, quando estava em 442,1%. O Banco Central divulgou, nesta sexta-feira (3), os dados do relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito. O aumento evidencia uma tendência preocupante de juros elevados nessa modalidade de crédito.

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O rotativo do cartão de crédito é aplicado quando o consumidor não paga o valor total da fatura até a data de vencimento. Nesse sentido, tornando-se a forma de crédito com as taxas de juros mais altas do país. Por essa razão, os especialistas em finanças alertam para o uso consciente do cartão. Além disso, recomendam evitar a utilização do rotativo, devido ao risco de endividamento exponencial que ele representa para as famílias brasileiras.

Limite dos juros rotativo do cartão de crédito

Para conter esse problema, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu, em dezembro, uma regra que limita os juros do rotativo a 100% do valor da dívida. A regra passou a valer no dia 3 de janeiro de 2024. Com essa medida, uma dívida de R$ 200 não poderia exceder R$ 400 apenas devido a juros. Contudo, como mostram os dados do Banco Central, os consumidores ainda enfrentam taxas consideravelmente altas.

Ao analisar as operações de crédito com recursos livres, ou seja, aquelas negociadas no mercado financeiro, a taxa média de juros no Brasil ficou em 40,5% ao ano em março, um aumento de 0,2 ponto percentual em relação a fevereiro. Para pessoas físicas, essa taxa é ainda maior, chegando a 53,4% ao ano, com um aumento de 0,8 ponto percentual em um mês. O volume total de recursos no mercado de crédito atingiu R$ 5,873 trilhões em março, um crescimento de 1,2% em comparação ao mês anterior, indicando que o crédito continua sendo uma parte significativa da economia, mesmo com juros elevados.

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