Após 3 meses de paralisações, os servidores do Ibama, ICMBio e Ministério do Meio Ambiente seguem mobilizados, sem sinal de acordo com o governo. Isso porque após duas reuniões entre os sindicatos e o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), não houve consenso sobre a possibilidade de reajuste salarial ainda em 2024. A proposta do governo prevê reajuste de 9%, mas dividido entre 2025 e 2026.
O presidente da Ascema Nacional, Cleberson Carneiro Zavaski, ressalta que a mobilização continuará.
– Diversos trabalhos vão continuar a ser prejudicados, como a questão de licenciamento ambiental, a importação e a exportação de veículos e o atendimento a emergências ambientais – avisa Zavaski.
Licenciamento ambiental
Com a paralisação dos servidores das carreiras ambientais, alguns serviços importantes deixaram de ser feitos. Segundo o sindicato, as atividades de campo foram paralisadas. Na lista está o licenciamento ambiental, procedimento importante para que diversas atividades possam ser realizadas.
Diversos empreendimentos aguardam licenciamento nos setores de geração e transmissão de energia. Além disso, construção de ferrovias e hidrovias; pesquisa e produção de petróleo e gás; implantação de portos e mineração. Mesmo multas e embargos ambientais tiveram grande redução e, muitas vezes, não são sequer realizados.
A proposta do governo ao Ibama
Apesar de não ter proposto reajuste salarial para o ano de 2024, para este ano, o governo sugeriu que houvesse reajuste no auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil. Além disso, aumento em 51% nos recursos destinados ao auxílio-saúde e, ainda acréscimo no auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90.
Procurado pela Arko, o MGI disse que não pode dar detalhes da agenda de negociações mas declarou que “o Governo se mantém sensível à situação dos órgãos e entidades do Executivo Federal, quanto à necessidade de recomposição de seus quadros de pessoal e vem fazendo o que é possível, dentro dos limites orçamentários, para atender às demandas”.