Sendo este o último ano de gestão do atual presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, crescem as especulações da indicação do presidente Lula (PT) para o cargo. A expectativa é de que o atual diretor de política monetária, Gabriel Galípolo, seja designado para assumir a função.
O ex-número dois do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), passou a compor a diretoria do BC, em maio do ano passado, em meio ao descontentamento do governo federal com a alta da taxa Selic.
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Indicado pelo ex-presidente Bolsonaro (PL), Campos Neto assumiu a presidência do Banco Central em fevereiro de 2019. Em 2021, a autonomia do Banco Central foi estabelecida por lei, ainda pelo ex-mandatário do poder Executivo – o que foi criticado pelo presidente da República. Nesse sentido, ele já disse que reavaliaria o tema mais tarde. Em meio ao atrito em torno da Selic, a indicação de Galípolo foi vista como uma “trégua” entre o governo e o BC.
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O nome de Galipolo é o mais cotado por especialistas para assumir o cargo, visto que o economista “já tem” a benção de Haddad. Entretanto, Lula ainda não falou publicamente sobre o tema que deve ganhar proporção nos próximos meses.
Mas afinal, quem é Gabriel Galípolo?
Ele é formado em Ciências Econômicas, mas também e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), onde também exerceu o cargo de professor universitário. Além disso, Gabriel Muricca Galípolo foi Chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo em 2007.
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Também assumiu a direção da Unidade de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo em 2008. Entretanto, em 2017, foi contratado como diretor do Banco Fator, onde ficou até 2021. Em 2022, o governo anunciou Galípolo como secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Mas, posteriormente, ele compôs a diretoria do Banco Central, cargo que ocupa atualmente.