O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública Ricardo Lewandowski renunciou a presidência do Tribunal Permanente de Revisão (TPR) do Mercosul, nessa quarta-feira (17). O ministro deixou o cargo pouco antes de assumir a pasta. A posse está prevista para 1º fevereiro.
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O ministro Lewandowski avisou, por meio de nota, sobre a decisão ao Itamaraty. De acordo com o Ministério de Relações Exteriores, o Mercosul recebeu o comunicado no mesmo dia.
Como presidente do TPR, Lewandowski era responsável principalmente pela coordenação dos trabalhos dos tribunais desde de 1º de janeiro. Contudo, a sede ficava em Assunção, no Paraguai.
Escolha de Lula
O nome de Lewandowski foi acertado em três reuniões com o presidente Lula. Contudo, a escolha por um nome apartidário pode trazer implicações políticas, uma vez que a saída de Flávio Dino representa um assento a menos para o PSB na Esplanada, sigla aliada ao presidente Lula.
Além disso, o ex-ministro manteve uma posição divergente durante o Mensalão e foi um dos principais críticos da Operação Lava-Jato. Lewandowski se aposentou em abril do ano passado, pouco antes de completar 75 anos, idade em que a saída do cargo é compulsória. O ministro Cristiano Zanin foi quem ocupou a cadeira vaga.