O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, consentiu em pensar em um novo formato para a reoneração da folha de pagamento. Contudo, o chefe da pasta afirma que não cogita recuar no plano do governo de retomar a cobrança de impostos sobre a contratação de funcionários em setores que hoje são beneficiados pela desoneração.
O ministro Fernando Haddad se reuniu, nessa segunda-feira (15), com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O encontro teve como principal objetivo retomar as negociações de acordo em torno da Medida Provisória (MP) da reoneração da folha.
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Após o encontro, o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), negou que houvesse qualquer tipo de discussão sobre devolução da medida provisória pelo Congresso, linha seguida também pela Fazenda. De acordo com interlocutores, Haddad tem insistido nas conversas sobre o tema que – não haverá mudança no mérito e sim na forma -.
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Reoneração da folha
A MP da folha de pagamento prevê que haverá uma reoneração gradual pelos próximos quatro anos sobre a folha de pagamento. De acordo com a Fazenda, o objetivo é recuperar R$ 6 bilhões em arrecadação em 2024.
Contudo, o governo determinou que a desoneração só deve incidir sobre o primeiro salário-mínimo recebido pelos empregados. A cota patronal de contribuição à Previdência Social, contudo, fica restabelecida para pagamentos acima desse valor.