O Serviço de Mudança Climáticas Copernicus, da União Europeia, confirmou que o ano de 2023 foi o mais quente já registrado e, possivelmente, o mais quente do mundo. De acordo com o estudo, ano passado também foi 0,17% mais quente do que 2016.
Com os recordes climáticos sendo quebrados sem dificuldades, os cientistas já esperavam o marco. Desde junho, todos os meses foram os mais quentes registrados no mundo, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Leia mais! COP 28 aprova fundo climático para países vulneráveis
De acordo com o estudo, todos os dias dentro de um ano ficaram 1°C acima do nível pré-industrial de 1850 a 1900 sendo que, em junho de 2023, os termômetros chegaram a ultrapassar 1,5°C. Além disso, em dois dias de novembro, ficaram 2°C mais quentes. Foram as temperaturas mais altas nos últimos 100 mil anos.
A explicação para a comparação com os 100 mil anos está na paleoclimatologia. São usados métodos que permitem estimar a temperatura de determinada época com a simulação do comportamento da atmosfera para climas passados.
Leia mais! Governo espera aumentar fundo de mudanças do clima para R$ 10,4 bilhões em 2024
Recordes
Mesmo com a proliferação de metas climáticas de governos e empresas, as emissões de CO2 continuas em níveis altos. As emissões mundiais de CO2 provenientes da queima de carvão, petróleo e gás atingiram níveis recordes em 2023.
O fenômeno climático El Ninõ, que aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico também pode ter contribuído para o resultado. Além disso, as ações do homem também pode ter influenciado para as altas nas temperaturas.