Início » Reforma Ministerial agrada a novos aliados – Análise

Reforma Ministerial agrada a novos aliados – Análise

A+A-
Reset

Na semana passada, os ministros do Esporte, André Fufuca (PP-MA), e de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE), tomaram posse. A inclusão dos dois partidos na equipe do governo é fundamental para o Executivo melhorar o diálogo com o Legislativo.

Mesmo sendo uma cerimônia mais reservada, a ida de Arthur Lira (PP-AL) à posse de André Fufuca teve um simbolismo importante: era o presidente da Câmara avalizando pessoalmente a entrada do PP na base. Em entrevista ao jornal Valor, o ministro disse que o PP continuará dando o mesmo apoio, cerca de 70% a 80%, ao governo. Mas a expectativa é que o esforço do governo para chegar a esse percentual seja menor. O novo líder do PP na Câmara, Doutor Luizinho (RJ), chegou a afirmar em entrevista na semana passada que o governo vai ter mais ajuda do partido em suas pautas. Em especial nas pautas da Fazenda, com o objetivo de aumentar a arrecadação.

Posse na reforma ministerial

O presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), não compareceu à posse. Ciro foi ministro da Casa Civil do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O PP do Senado é diferente
do PP da Câmara e a influência de Ciro Nogueira é limitada.

O presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), não compareceu à posse do ministro Sílvio Costa Filho. No partido, Pereira é uma liderança relevante. Ele também
chegou a afirmar que a nomeação de Sílvio Costa Filho para o ministério não significava a entrada da legenda no governo, já que a vaga fazia parte da cota pessoal do presidente da República.

Apoio político e a reforma ministerial

No caso de Marcos Pereira, há um discurso para o público e outro para dentro. Tarcísio Freitas é do Republicanos e governa o principal estado do país, São Paulo. Além disso, é considerado hoje o nome mais forte para concorrer ao Palácio do Planalto com o apoio de Jair Bolsonaro. A adesão explícita ao governo federal poderia resultar na saída de Tarcísio do partido, o que seria uma perda enorme para o Republicanos. Esse risco ainda existe, mas a cautela do partido em conter o “entusiasmo” de fazer parte formal da base de Lula visa reduzi-lo.

Lula segue fazendo gestos políticos importantes no sentido de melhorar sua relação com o Legislativo. O convite para que Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSDB-MG), o acompanhassem na viagem aos Estados Unidos fez parte desse movimento.

Páginas do site

Sugira uma pauta ou fale conosco

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Aceitar Saiba mais