O requerimento para instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras alcançou, até a manhã desta quinta-feira (23), 136 assinaturas. No total, são necessárias 171 para que o colegiado seja instalado. Além disso, é preciso que haja um fato determinado e um prazo pré-estabelecido de funcionamento. Após isso, o presidente da Câmara faz a leitura do ato que oficializa a criação do colegiado.
A proposta de instalar uma CPI foi do próprio presidente da República, que teve o apoio do PL, partido ao qual é filiado. Contudo, a iniciativa enfrenta dificuldades mesmo entre aliados de Bolsonaro. A liderança do Progressistas, por orientação do ministro Ciro Nogueira, deu um passo atrás e tem orientado deputados a retirarem assinaturas. A oposição também é contra, por entender que Bolsonaro quer usar a CPI eleitoralmente.
Pelo requerimento apresentado pelo líder do PL, a CPI terá objetivo de investigar “supostas irregularidades no processo de definição de preços dos combustíveis no mercado interno”. A comissão também deve investigar a conduta da diretoria da Petrobras em relação aos preços, o modelo de gestão, os motivos do endividamento da Petrobras, o modelo tributário do petróleo, possíveis sonegações fiscais e benefícios corporativos que possam estar elevando os custos da Petrobras.