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Depois de 13 meses de alta, endividamento de famílias começa a cair

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Depois da alta de mais de um ano, o número de endividados apresentou queda segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela CNC, revela que o total de endividados no País alcançou 76,1% em janeiro, representando uma queda de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior. 

A confederação afirma que após 13 meses de alta, o motivo da retração pode se dar pelo encarecimento dos juros, que acabou diminuindo a contratação de dívidas no início deste ano. Dados do Banco Central (BC), de dezembro de 2021, apontaram aumento de 37,2% para 45,1% nas taxas médias das linhas de crédito com recursos livres às pessoas físicas.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que, apesar da pequena queda mensal, a situação ainda merece atenção. “O endividamento segue em patamar elevado, e essa redução é reflexo de um cenário desfavorável, em que o encarecimento do crédito pelos juros mais altos afeta a dinâmica de contratação de dívidas dos consumidores”.

Na comparação anual, no entanto, o indicador subiu 9,6 pp. Mesmo com a pequena redução no endividamento, houve alta na inadimplência. De acordo com a pesquisa, o percentual médio de famílias com débitos em atraso atingiu 26,4%.

Diferenças de comportamento

Na comparação de dois grupos separados por faixas de renda, os resultados diferem quando o assunto é o percentual de endividamento. Para as famílias com ganhos de até 10 salários mínimos, o percentual teve redução de 0,3 p.p. Já para a parcela de famílias com rendimentos acima de 10 salários mínimos, o endividamento cresceu 0,3 p.p.

De acordo com a economista da CNC, Izis Ferreira, a alta no grupo com mais renda se deve ao avanço da vacinação. “Com a maior flexibilização, as famílias no grupo de renda mais elevada têm revertido suas poupanças, ampliadas durante a pandemia, para o consumo, especialmente de serviços”.

O indicador de inadimplência registrou que as tendências entre as duas faixas foram semelhantes. No grupo com ganhos de até 10 salários mínimos, a proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso apresentou avanço mensal de 0,2 p.p. Entre as famílias com renda superior a 10 salários mínimos, o aumento entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022 também foi de 0,2 p.p. 


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