A senadora Simone Tebet (MDB-MS) lançou nesta quarta-feira (8) sua pré-candidatura à presidência da República. Enquanto outros candidatos apostam na imagem de outsider, Tebet vai em outra direção: aposta em ressaltar sua experiência na política.
No discurso, ela destacou: “Já fui deputada estadual, primeira mulher reeleita prefeita da minha cidade (Três Lagoas), já fui vice-governadora, sou Senadora da República. Minha vocação é a sala de aula, sou professora universitária. […] Fui a primeira mulher líder do MDB, a maior bancada do Senado, a primeira mulher presidente da CCJ. Marquei posição, mesmo sabendo da derrota, de ser a primeira mulher em 200 anos de história a ser candidata à presidência do Senado”, lembra.
Em outro momento complementa: “O Brasil não pode mais estar a mercê de aventureiros, de outsiders, é preciso experiência administrativa e de gestão”. Em vídeo de campanha, ela pontua que é “mulher, mãe, professora e política”.
Simone também apostou em destacar diferenças entre a senadora e os dois candidatos que polarizam o debate atualmente: Lula e Bolsonaro. “Chega de líderes que dividem o país ao meio e promovem o ‘nós contra eles’”, declara no vídeo enquanto são exibidas mostra imagens dos dois candidatos.
A campanha mira, especialmente em Jair Bolsonaro. “Quando o mundo vai na direção da sustentabilidade, da governança, da transparência, quando a ciência aponta um caminho, o governo nega, questiona e ridiculariza”, critica no vídeo, complementando: “política é coisa séria”. Em seguida, o vídeo mostra cenas em que Simone Tebet critica fortemente o governo Bolsonaro em sua atuação na CPI da Pandemia.
Por outro lado, Tebet enfrenta um caminho difícil com resistências mesmo no próprio partido. Parte da alta-cúpula do MDB defende um apoio ao ex-presidente Lula. Outra parte apoia Jair Bolsonaro.
Conselheiro econômico
A senadora declarou que não vai correr para anunciar quem será seu conselheiro econômico. “Não será o primeiro nome que eu vou anunciar da minha pré-campanha. Não será um economista que vai dizer qual país queremos, vai ser um sociólogo, professores, a sociedade civil organizada”, declarou.
Ela se declarou uma “liberal moderada” e disse que o papel do economista a ser chamado para a campanha será de dar os caminhos para que o plano de governo seja executado dentro dos preceitos de responsabilidade fiscal. “Antes de dar uma tranquilidade ao mercado, precisamos dar uma tranquilidade para as pessoas. Mais importante do que o ministro da Economia, é o ministro do Planejamento”, declarou.
Fazendo uma crítica à PEC dos Precatórios, declarou ainda que a iniciativa privada será contemplada na medida que será assegurada a segurança institucional, jurídica e a segurança socio-ambiental. “É essa resposta que tenho que dar ao mercado, não quem vai nos orientar na equipe econômica”, pontou.