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Desfile militar na Esplanada dos Ministérios mostra isolamento do presidente da República

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O desfile militar alusivo ao bicentenário da Independência na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, evidenciou o isolamento político do presidente Jair Bolsonaro. Os chefes dos outros dois Poderes: o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso, e Luiz Fux, do Superior Tribunal Federal, não participaram do ato cívico.

Durante parte do evento, Bolsonaro colocou-se ao lado do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. Um pouco mais distante, mas no mesmo palanque, estiveram mais dois chefes de Estado: José Maria Neves, de Cabo Verde, e Umaro Sissoco Embal, de Guiné-Bissau.

Os governos de Angola e Moçambique, que sempre mantiveram uma relação próxima com o Brasil, enviaram apenas representantes oficiais. Adversários de Jair Bolsonaro planejam uma ofensiva no TSE contra o presidente pelo uso eleitoreiro da máquina pública.

“Bolsonaro fez uso indiscutível de um evento oficial para discursar como candidato”, afirmaram os advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin, que representam a campanha do PT.

Segundo Lula, “em vez de discutir os problemas do Brasil”, o presidente preferiu falar de campanha política e o atacar. “Ele deveria estar explicando para o povo como é que a família juntou R$ 26 milhões em dinheiro vivo para comprar 51 imóveis”. Ciro Gomes (PDT) disse que Bolsonaro transformou o 7 de Setembro “no mais desavergonhado comício”. Simone Tebet (MDB) classificou o episódio como “vergonhoso e patético”.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser investigado por abuso de poder político e econômico pelo uso eleitoral das festividades de 7 de setembro, segundo avaliaram integrantes do Ministério Público e juristas.

“É preciso apurar se houve o uso do poder político e do poder econômico para, no contexto de uma solenidade de Estado, acabar possibilitando uma derivação para um comício político, para uma campanha política que desiguala as condições de paridade de forças entre os concorrentes”, afirmou a ex-procuradora geral da República Raquel Dodge.

“Acho que isso é salutar, muito importante, para que não pairem dúvidas sobre se está havendo realmente igualdade e equilíbrio entre os concorrentes nessa disputa’, disse.

Os três candidatos mais bem colocados nas pesquisas eleitorais junto com Jair Bolsonaro (PL) repudiaram o uso que o presidente fez das comemorações do Bicentenário da Independência. Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), criticaram a postura de Bolsonaro e o teor dos discursos do presidente.

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