Conta de luz mais cara: governo cria nova bandeira tarifária

Linha de transmissão de energia. Foto: Agência Brasil

Como forma de pagar o custo extra causado pela seca, o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu criar uma nova bandeira tarifária. Na bandeira “Escassez Hídrica” a conta de energia terá o valor extra de R$ 14,20 a cada 100 KWh. Anteriormente, a bandeira mais cara era “Vermelho 2”, com valor de R$ 9,49 a cada 100 KWh.

No final, a conta de energia vai ter um aumento de 6,78%. Com a chegada da crise hídrica quem pagava R$ 60 reais na conta de luz, passou a pagar R$ 69,49. Agora, com a nova bandeira tarifária, o valor passa para R$ 74,20.

A nova bandeira não vale para consumidores de localidades isoladas e beneficiários da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE).

Com a falta de chuva, as usinas hidrelétricas têm dificuldade em funcionar e o governo precisa recorrer às termelétricas, principalmente a carvão e óleo diesel, o que aumenta o custo da geração de energia. Contudo, de acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, não há risco de que um racionamento seja instituído.

“Estamos presenciando a maior seca que o Brasil já passou, o que reflete na capacidade das nossas usinas hidrelétricas. Todos os cenários que construímos e os modelos computacionais que utilizamos indicam que temos oferta suficiente para a demanda do sistema. As medidas adotadas estão surgindo os efeitos esperados. Estamos em condições melhores do que estávamos no início de agosto. Mas isso ainda não nos leva a uma situação de normalidade ou conforto”, disse.

O Ministério de Minas e Energia estima que a escassez hídrica deve gerar um custo extra de R$ 8,6 bilhões, com a geração adicional e importação entre setembro e novembro. Também é contabilizado um custo extra de R$ 5,2 bilhões por conta do déficit registrado em julho. No total, o custo estimado, até agora, é de R$ 13,8 bilhões. A nova bandeira tarifária deve valer até abril.

Programa de Redução de Consumo

O MME também publicou hoje as regras do programa de redução do consumo de energia elétrica que deve valer até dezembro. Para estimular que os consumidores gastem menos energia, será dado um desconto de R$ 50 para cada 100 kWh caso o consumidor consiga reduzir em 10% o consumo em relação ao mesmo período de 2020. O desconto é limitado à redução de 20%.

O bônus deve custar cerca de R$ 339 milhões por mês aos cofres públicos. Contudo, de acordo com o governo, o programa não representa uma perda porque o custo de se contratar energia de termelétricas é ainda maior.


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