Após 19 dias de reclusão no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, o presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado voltou hoje, quarta-feira, ao Palácio do Planalto. Bolsanro se reuniu com o senador eleito, Rogério Marinho (PL-RN).
No dia 3 deste mês, ele passou rapidamente pela sede do Poder Executivo, para encontro rápido do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. Alckmin acabara de se reunir com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, como parte dos trabalhos da equipe de transição.
Na manhã desta quarta, Bolsonaro chegou por volta das 9h à sede ao Palácio, dirigindo-se a seu gabinete de trabalho. A última agenda oficial do presidente no Palácio do Planalto ocorreu no dia 31 de outubro, um dia após a realização do segundo turno, quando manteve reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
No dia 1º deste mês, o presidente convocou a imprensa para um pronunciamento no Palácio da Alvorada, quando afirmou que continuaria cumprindo a Constituição. Não respondeu a perguntas.
Nomes barrados
Aliados do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiram ontem, terça-feira, barrar indicações de Jair Bolsonaro (PL) às embaixadas brasileiras na Argentina, na Itália e no Vaticano. Os três são considerados postos-chave para a área de relações exteriores do futuro governo.
Os nomes de diplomatas indicados por Bolsonaro para serem sabatinados pelos senadores para ocupar esses postos nem entraram na pauta da Comissão de Relações Exteriores. Os senadores ouviram em sabatina os nomes indicados para as embaixadas da Tunísia, Mauritânia, Guiné Equatorial, Sudão e na Jordânia.
Mas os senadores aprovaram-na Comissão de Constituição e Justiça as indicações para o Superior Tribunal de Justiça. Messod Azulay e Paulo Sérgio Domingues foram aprovados apesar das articulações comandadas pelo PT no sentido de adiar a votação.
Aliados do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) articularam nas últimas semanas para barrar a votação dos nomes, para que ele pudesse fazer novas indicações no próximo ano. Mas, na sessão de ontem, terça-feira, não houve tentativas de adiar ou rejeitar a sabatina dos nomes indicados por Bolsonaro.