Desde julho, o governo vinha recuperando seu apoio na Câmara dos Deputados. Entre julho e setembro, a média de apoio foi superior a 50% e apresentava tendência de alta. Em outubro, no entanto, esse movimento foi interrompido e o índice ficou abaixo desse patamar, fechando o mês em 49,70%. É o que mostra levantamento da Arko Advice após a análise de 13 votações ocorridas no mês passado.
É o primeiro levantamento realizado depois da reforma ministerial de outubro. Interessante observar que o índice de apoio do PMDB, partido mais beneficiado com a reforma ministerial, caiu na comparação de outubro com setembro, passando de 63,95% para 61,28%.
A queda está relacionada ao número de matérias polêmicas submetidas à votação, como repatriação, urgência para o projeto que revoga o regime de partilha nos leilões do pré-sal e medidas provisórias do ajuste fiscal.
É mais uma demonstração clara de que a reforma ministerial não contribuiu para melhorar o nível de coesão da base em matérias de interesse do governo.
De qualquer forma, o percentual é bem maior do que a média de apoio verificada nos meses de março (38,34%) e abril (40,11%). Também é superior à média que a presidente obteve no primeiro mandato (45,24%).
Apesar da queda, o governo está conseguindo avançar – ainda que de forma lenta e com dificuldade – a agenda do ajuste fiscal.