TSE pode julgar cassação da chapa Dilma Temer em abril


De acordo com informações divulgadas pela imprensa, as alegações finais das partes no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram apresentadas na sexta-feira (24). O relator, Herman Benjamin, já disponibilizou seu relatório para os demais ministros e o TSE já pode iniciar o julgamento do processo a partir da próxima semana.

Entretanto, de acordo com algumas pessoas consultadas pela Arko Advice, o mais provável é que o início ocorra a partir da semana do dia 17 de abril. Isso porque na semana do dia 12/04, por conta do feriado de Páscoa, o TSE não funcionará. Se iniciar o julgamento na próxima semana, haveria uma longa pausa.

Caberá ao ministro Gilmar Mendes, presidente da Corte, marcar uma data para o início do julgamento.

Somente no dia do julgamento é que Herman Benjamin apresentará seu voto. O ministro-relator abordará três questões: a procedência do pedido de cassação, a separação entre as contas de Dilma Rousseff e de Michel Temer e a inelegibilidade dos candidatos.

Nos bastidores, comenta-se que o ministro-relator ficou bastante impressionado com os depoimentos colhidos por ex-diretores da Odebrecht e com as informações compartilhadas pelos responsáveis pela investigação na Lava-Jato.

Ele teria ficado incomodado com informações publicadas na mídia de que o julgamento sobre a cassação da chapa não poderia deixar de levar em consideração a estabilidade política do país. Por isso concedeu entrevista em que afirmou: “Não aceito que o argumento dos fatos seja derrotado pelo jogo de poder.”

Pela previsão de início do julgamento o ministro Henrique Neves da Silva, cujo mandato termina no dia 16 de abril, não deve participar. A ministra Rosa Weber, que deixará o TSE no dia 25 de maio, também pode ficar de fora.

A ordem do julgamento é a seguinte:

  • Antonio Herman de Vasconcellos e Benjamin (ministro-relator)
  • Napoleão Nunes Maia Filho
  • Henrique Neves da Silva (seu mandato termina dia 18 de abril)
  • Luciana Christina Guimarães Lóssio
  • Luiz Fux
  • Rosa Weber
  • Gilmar Ferreira Mendes (presidente)

Vale ressaltar que qualquer ministro pode antecipar seu voto após o início do julgamento. Se o Henrique Neves não votar, o substituto seria Admar Gonzaga Neto, que votaria após a ministra Luciana Lóssio.

O voto do ministro Herman Benjamin deverá ser duro e favorável à cassação da chapa. No entanto, na nossa avaliação, a tendência é que a tese da separação das contas seja vencedora. Em caso de derrota, Michel Temer pode recorrer da decisão ao Supremo Tribunal Federal.

Quanto mais passa o tempo, menores são as chances de Temer perder o mandato. Hoje, essa probabilidade é de 30%.

Postagens relacionadas

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Possível liberação do aborto de fetos com microcefalia pelo STF é criticada na CAS

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais