Temer quer ter uma boa comunicação


O presidente Michel Temer pôs a comunicação no centro de suas preocupações. Além de reuniões periódicas com um grupo encarregado do assunto, reuniu-se na semana passada com o consultor Eduardo Oinegue.

Temer parece decidido a adotar a fórmula usada por vários governos – um porta-voz que, trabalhando junto ao presidente, centralize a veiculação de informações para evitar uma das principais críticas do momento: muitos vazamentos e desencontros. Há preferência pela escolha de um diplomata, repetindo a experiência tanto de tucanos quanto de petistas.

Não se trata de tarefa simples num governo com forte participação de políticos, como é o caso do atual. Parlamentares são pessoas que se consideram habilitados para dialogar com jornalistas, são sempre muito críticos a medidas do Executivo e se julgam especialistas na arte de usar a mídia em benefício do sucesso de suas carreiras.

Oinegue deu bons conselhos a Temer, segundo notícias sobre o encontro de ambos: valorizar a importância da comunicação como elemento para atingir os objetivos do governo e integrar o representante da área ao processo decisório.

Temer está interessado em mudar a lógica que prevalece no tratamento sistemático da questão no governo ou nas empresas, que é responsabilizar a comunicação pelos erros, embora raramente ela esteja associada à origem dos problemas. “Estamos perdendo a batalha da comunicação” é um mantra, ainda que raramente a comunicação sequer esteja relacionada com o problema com o qual se está lidando.

Postagens relacionadas

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Possível liberação do aborto de fetos com microcefalia pelo STF é criticada na CAS

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais