Política Brasileira: resumo de Setembro


O Brasil iniciou o mês com um novo presidente em definitivo: após o impeachment de Dilma Rousseff, Michel Temer deixou de ser interino, assumindo definitivamente a presidência da República. A Câmara dos Deputados cassou Eduardo Cunha, ex-presidente da casa. A Operação Lava-Jato ganhou força e reassumiu os holofotes na mídia ao tornar réu o ex-presidente Lula. Por fim, a ministra Carmem Lúcia assumiu a presidência do Supremo Tribunal Federal.

O Blog da Política Brasileira preparou uma retrospectiva do mês, com os posts mais populares publicados no blog, confira:

Lava-Jato atravessa campo minado com Lula

A decisão dos promotores de denunciar Lula e seu acatamento por parte do juiz Sergio Moro puseram a operação Lava-Jato em um patamar jamais imaginado. Caso fosse a escalada do Everest, a operação Lava-Jato estaria subindo sua última etapa na primeira instância.

A oposição ao novo governo

Na Câmara dos Deputados, a chamada oposição programática ao novo governo, de Michel Temer (PMDB), compreende PT, PDT, PCdoB, PSOL e REDE. Com algumas dissidências declaradas na base governista (Silvio Costa e Cabo Daciollo, ambos do PTdoB), chega-se a 100 deputados federais.

Os espertos

Os profissionais venceram com um golpe rápido, insinuante e mortal, desferido quando o jogo já havia terminado. Os espíritos estavam desarmados e a confrontação havia ultrapassado seu ponto crítico. A senadora Katia Abreu (MT-TO) subiu a tribuna e pronunciou o discurso piedoso. Apelou para os bons sentimentos dos colegas que poderiam contribuir para reduzir o infortúnio de Dilma Rousseff, aquela altura já devidamente impedida e fora do poder. Seu reinado havia terminado quando o placar eletrônico revelou que 61 senadores votaram a favor do impeachment. Somente vinte deles se manifestaram em sentido contrário.

O fim de Cunha ou o fim de Brasília?

O House of Cunha de ontem teve mais uma etapa importante: o dia em que Eduardo Cunha deixou de ser parlamentar.

Golpe ou não, isso é política

Collor aprendeu uma dolorosa lição em seu impeachment: o chefe do Executivo deve valorizar o relacionamento com o Legislativo. A independência dos poderes não exclui a necessidade de harmonia. Dilma fora avisada há mais de um ano pelo próprio ex-presidente. Não deu bola.

Apoio a Temer interino na Câmara foi maior do que o de Dilma

Michel Temer interino assumiu a Presidência da República em 12 de maio de 2016, depois que o Senado decidiu aceitar a abertura do processo de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff. A Arko Advice analisou 70 votações nominais e abertas ocorridas desde sua posse como interino até 31 de agosto. A média de apoio registrada ao governo Temer foi de 54,66%. Ela foi superior à de Dilma, tanto no primeiro mandato (48,72%) quanto no segundo – entre fevereiro de 2015 até 11 de maio de 2016 (48,19%).

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