A convenção nacional do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que será realizada neste sábado (12), prepara o caminho para o abandono à presidente Dilma Rousseff, mas não passa nem perto do desembarque oficial do governo. No encontro, os peemedebistas querem a reeleição do vice-presidente da República, Michel Temer, como comandante do partido por mais dois anos (2016-2018).
Fortalecido e eleito por aclamação, Temer surgiria como “salvador da pátria”, capaz de conduzir o Brasil à unidade apregoada da região Norte a Sul. O rompimento aconteceria após um mês contado da recondução do peemedebista.
Tudo dependerá das manifestações marcadas contra o governo. Se o movimento de rua ganhar fermento, o partido “se considera preparado” para o processo de reunificação. Caciques peemedebistas conversam com partidos da base e da oposição.
Na política, aposta-se que a Lava Jato continuará incomodando petistas graúdos. Além disso, a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) é vista como uma bomba prestes a implodir o que resta do governo Dilma.
De acordo com as expectativas de peemedebistas estrelados, a executiva nacional vai se reunir em abril para discutir os termos do rompimento. Por enquanto, a convenção será apenas um aperitivo do que o governo pode aguardar. Nuvens turvas esperam por Dilma, que balança bastante, mas ainda se segura na presidência.