MINAS GERAIS: Cenário adverso para Aécio e Pimentel no Estado  


Pesquisa realizada pelo instituto Paraná sobre as eleições de 2018 em Minas Gerais (MG) mostra uma conjuntura de dificuldades tanto para o senador Aécio Neves (PSDB-MG) quanto para o governador Fernando Pimentel (PT-MG).

Apesar de Aécio liderar as pesquisas de intenção de voto para governador e senador (ver tabelas abaixo), seu patamar é inferior ao que já teve no passado. Além disso, a sondagem aponta que 36,9% dos entrevistados querem que Aécio não seja candidato a nenhum cargo em 2018. 19,9% afirmaram que o senador do PSDB deveria disputar novamente o Palácio do Planalto. Outros 19% citaram o governo de MG como opção. 13,3% defendem que ele seja candidato à reeleição ao Senado, enquanto 6,5% querem que Aécio busque uma vaga na Câmara dos Deputados.

Outra informação negativa sobre Aécio Neves é que para 50,8% dos entrevistados as denúncias de corrupção contra ele são verdadeiras, enquanto 32,4% acreditam serem falsas.

Em relação a sucessão presidencial, Aécio está em segundo lugar, sendo superado pelo ex-presidente Lula (PT). Ou seja, nem mesmo entre os mineiros o senador tucano é o preferido na disputa pelo Palácio do Planalto.

Fernando Pimentel, por sua vez, também está desgastado junto aos mineiros. Sua administração como governador é avaliada positiva (ótimo/bom) por 24,2% dos entrevistados. 36,2% classificam a gestão como regular, enquanto a maioria (37,3%) tem uma avaliação negativa (ruim/péssimo). Com essa popularidade, Pimentel teria fôlego para chegar ao segundo turno caso dispute à reeleição. Porém, dada sua desaprovação, o risco de derrota é significativo.

Assim como ocorre nas denúncias de corrupção contra Aécio, 58,9% dos entrevistados afirmam que as acusações contra Pimentel são verdadeiras. Apenas 19,9% acreditam que são falsas.

A disputa pelo governo de Minas Gerais

Caso o PSDB lance Aécio Neves ou Antônio Anastasia, atualmente senadores e que já governaram o Minas Gerais, os tucanos largam em vantagem na disputa pelo Palácio da Liberdade. Nota-se que tanto Aécio quanto Anastasia tem praticamente a mesma densidade eleitoral. Em segundo lugar aparece o atual governador Fernando Pimentel (PT), potencial candidato à reeleição.

No cenário em que o candidato do PSDB não é Aécio nem Anastasia, a liderança fica com Fernando Pimentel. O deputado estadual Dinis Pinheiro (PSDB) teria apenas pouco mais de 6% das intenções de voto. Assim, a tendência é que os tucanos lancem Aécio Neves ou Antônio Anastasia.

Aécio só deverá concorrer novamente ao Palácio da Liberdade caso a conjuntura lhe dê segurança de vitória, pois seu mandato de senador encerrará em dezembro de 2018. Assim, se concorrer a governador e perder, ficaria sem mandato. Já Anastasia, como seu mandato no Senado termina apenas em 2022, poderá arriscar mais, até mesmo arriscando disputar o governo do Estado diante de um cenário de incertezas.

Há espaço para o surgimento de uma novidade a disputa entre tucanos e petistas, pois além de mais de um terço dos entrevistados declarando voto em branco, nulo ou se dizendo indecisos, o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda (PSB), o empresário Josué Alencar (PMDB) e o deputado federal Rodrigo Pacheco (PMDB) apresentam índices interessantes se considerarmos a distância em relação ao pleito.

A disputa pelo Senado

Entre as opções disponíveis para Aécio Neves (PSDB) nas eleições de 2018, a mais “segura” seria ele disputar a reeleição ao Senado. Como Aécio tem mais de 39% das intenções de voto e há duas cadeiras em disputa, as chances de vitória são boas. A surpresa na primeira pesquisa para o Senado é a intenção de voto da deputada estadual Marília Campos (PT), que hoje aparece em segundo lugar.

Potencial candidato à reeleição, Zezé Perrella (PMDB) terá uma disputa difícil pela frente, principalmente se Aécio concorrer a senador. O mesmo ocorre com o vice-governador Antônio Andrade (PMDB). Quem tenta surfar na onda da “anti-política” é o apresentador da TV Record, Carlos Viana (PRB).

Apesar da vantagem inicial de Aécio Neves por uma das duas vagas ao Senado, a disputa está indefinida. Cerca de um terço dos mineiros estão localizados entre o chamado “não voto” (brancos, nulos e indecisos).

Sucessão Presidencial

Nota-se que no cenário em que Aécio Neves aparece como o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Lula (PT) aparece na liderança, assim como nas outras simulações, no reduto eleitoral do senador tucano. Além de estar atrás do ex-presidente, Aécio está tecnicamente empatado com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) e a ex-senadora Marina Silva (REDE).

Quando o candidato do PSDB à presidência da República não é Aécio Neves, Lula continua na liderança. Nesse cenário, Bolsonaro e Marina dividem a vice-liderança. Percebe-se que tanto o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), quanto o prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), tem praticamente a mesma densidade eleitoral entre os mineiros.

Postagens relacionadas

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Possível liberação do aborto de fetos com microcefalia pelo STF é criticada na CAS

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais