Impeachment: 10 senadores podem votar pela primeira vez


Dez senadores que não votaram na admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 12 de maio, podem votar esta semana a favor do parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que defende a continuidade do processo.

Na votação pela admissibilidade, foram 55 votos a favor. Caso estejam presentes todos os senadores na sessão desta semana, a tendência é que sejam 60 votos contra a presidente afastada e 21 a favor. Sendo confirmado esse placar, o destino da presidente estará definido. Por isso a votação desta semana é considerada fundamental.

Por conta do amplo favoritismo da confirmação do parecer de Anastasia, especula-se em Brasília que Dilma poderia renunciar ainda na terça-feira de forma a poder manter algumas franquias inerentes aos ex-presidentes. Tais como segurança e assessoria. Tal opção, ainda que considerada difícil por conta do temperamento da presidente afastada, não pode ser descartada.

A seguir, a tendência de cada um dos votos dos senadores que não se manifestaram na análise de admissibilidade.

Renan Calheiros (PMDB-AL)

Não votou na primeira sessão de admissibilidade porque estava no exercício da presidência do Senado. Como a sessão agora será liderada pelo ministro Ricardo Lewandowski, se participar votará contra Dilma.

Eduardo Braga (PMDB-AM)

Um acordo do senador com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), foi interpretado como uma sinalização de que votará contra Dilma. Estava ausente na última votação.

Roberto Muniz (PP-BA)

Suplente do senador Walter Pinheiro (PT-BA), que assumiu a Secretaria de Educação no estado. Ao contrário do titular, deve votar a favor do parecer de Anastasia.

Pedro Chaves (PSC-MT)

Assumiu depois que Delcídio do Amaral (PT-MS) foi cassado. Tende a votar pelo impeachment.

Cidinho Santos (PR-MT)

É suplente do senador Blairo Maggi (PR-MT), que assumiu o Ministério da Agricultura. Voto contra Dilma.

Jader Barbalho (PMDB-PA)

Estava ausente na votação anterior. Seu filho, Helder Barbalho, é ministro da Integração Nacional. Se votar, será a favor do impeachment.

Eduardo Lopes (PRB-RJ)

Suplente do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que votou contra Dilma na primeira votação. Lopes deve seguir a orientação de Crivella.

Ricardo Franco (DEM-SE)

Suplente da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), que assumiu a Secretaria da Família e Assistência Social de Aracaju. A favor do impeachment.

José Aníbal (PSDB-SP)

Assumiu o mandato depois que José Serra foi nomeado ministro das Relações Exteriores. Vota contra Dilma.

Katia Abreu (PMDB-TO)

Não votou na primeira sessão porque estava no Ministério da Agricultura. Contra o impeachment.

Postagens relacionadas

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Institutos de pesquisa confrontam os likes do Twitter de Bolsonaro

Possível liberação do aborto de fetos com microcefalia pelo STF é criticada na CAS

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Saiba mais