Pesquisa realizada pelo instituto Ibope aponta que se a eleição de 2018 fosse realizada hoje, o ex-presidente Lula (PT) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) iriam para o segundo turno (ver na tabela abaixo os cenários 1, 3 e 4).
Lula aparece na liderança com mais de um terço dos votos, enquanto Bolsonaro está em segundo lugar, com percentuais que variam de 13% e 15%, dependendo do cenário.
Nota-se que Bolsonaro, a ex-senadora Marina Silva (REDE-AC), o apresentador da TV Globo, Luciano Huck (Sem partido) aparecem hoje com mais densidade eleitoral que as opções do PSDB: o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e o prefeito João Doria (PSDB-SP).
Cenários sem Lula
Mesmo nos cenários sem a presença de Lula (2, 5 e 6) e Huck (3, 4, 5 e 6), as alternativas tucanas ficam abaixo de Bolsonaro e Marina. Nessas simulações, tanto Alckmin quanto Doria aparecem empatados com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) e o senador Álvaro Dias (PODEMOS-PR) quando aplicamos a margem de erro admitida pelo Ibope (dois pontos percentuais para mais ou para menos).
Quando Lula não aparece como candidato, ocorre uma situação de empate técnico entre Jair Bolsonaro e Marina Silva na liderança (cenários 2, 5 e 6). Sem o ex-presidente na disputa, também aumenta consideravelmente o índice de branco/nulo, que cresce em torno de 10% na comparação com os cenários em que Lula é candidato.
Nota-se também que a ausência de Lula beneficia Marina (ganha entre sete e dez pontos) e Ciro (ganha entre quatro e seis pontos), que herdam uma parcela do eleitorado Lulista.
Outras informações importantes trazidas pela pesquisa são que, hoje, Lula não consegue transferir votos para o ex-prefeito Fernando Haddad (PT-SP), considerando o “Plano B” de seu partido.
Além disso, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD-SP), em que pese a recuperação dos indicadores econômicos, também mostra baixa densidade eleitoral. Outros nomes que aparecem nessa mesma situação são o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) e o banqueiro João Amoedo (NOVO-RJ).
Mesmo que hoje Lula e Bolsonaro disputassem o segundo turno, o cenário é de grande imprevisibilidade. Isso ocorre porque incertezas jurídicas cercam a candidatura Lula. Ou seja, o ex-presidente poderá ser impedido de disputar um novo mandato.
Também é uma incógnita quem será o candidato do PSDB (Alckmin ou Doria). Também poderá aparecer um nome vindo de fora da política tradicional como, por exemplo, Luciano Huck ou alguma nova surpresa. Além disso, temos muitos votos em disputa (no cenário espontâneo branco/nulo (26%) e indecisos (30%) somam 56%).