Pesquisa realizada pela Arko Advice entre os dias 15 e 17 de março com 100 deputados de 23 partidos políticos na Câmara revela que 62% acreditam que a Câmara aprovará o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em fevereiro, esse percentual era de apenas 24,5%. Em apenas três semanas, o resultado quase triplicou. O índice daqueles que acham que será rejeitado caiu de 66,66% para 27% no mesmo período.
Entre os 13 entrevistados do PMDB, oito concordam que o processo será aprovado (61%). No PDT, dos quatro entrevistados, três também têm essa opinião, idêntica à seis dos sete deputados do PR.
Diante desse quadro e considerando que o governo tem ligeira desvantagem na composição da comissão do impeachment e que o PMDB deve decidir no dia 29 pelo rompimento, a Arko Advice aumenta de 60% para 70% a probabilidade do impeachment.
Pesquisa Arko: Dilma atinge na Câmara a mais baixa popularidade
A popularidade da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados atingiu seu menor patamar desde fevereiro de 2015, quando a Arko Advice iniciou levantamento regular.
O percentual dos que desaprovam a maneira de a presidente governar é de 79%, enquanto a aprovação é de apenas 14%.
Numa escala de 0 a 10, a presidente obteve nota média de 2,96. É a primeira vez que ela fica abaixo de 3.
Para 72% dos entrevistados, o relacionamento entre o Executivo e o Legislativo é classificado como “ruim” ou “péssimo”. Para 24%, é “regular”; apenas 4% entendem que é “ótima”.
CPMF e Previdência
Não são boas as notícias para o governo sobre a receptividade à volta da CPMF e à Reforma da Previdência.
Para 86% dos deputados, a CPMF não será aprovada. Apenas 10% estão otimistas. Desde o ano passado, a Proposta de Emenda à Constituição referente à volta desse tributo continua parada na Comissão de Constituição e Justiça. O governo contava com a aprovação da matéria ainda em maio, com uma expectativa de receita de R$ 10,3 bilhões para este ano.
Igualmente complicada é a aprovação da Reforma da Previdência. Enquanto 33% acreditam que a chance de aprovação é alta ou média, 66% afirmam que é baixa. O tema encontra resistência dentro do próprio PT.